Se você ainda não acredita no poder de uma boa estratégia de marketing, com certeza não conhece a paraibana Gessica Kayane. Conhecida na internet como Gkay, a digital influencer promoveu no início do mês a festa mais badalada de 2021: a Farofa da Gkay. O evento foi o assunto mais comentado dentro e fora da internet e mostrou o poder do marketing de influência para alcançar uma estrondosa audiência. Os números constatam que a Farofa foi uma das maiores jogadas de marketing disfarçada de festa dos últimos tempos.
Ao longo deste artigo abordaremos como estratégias como esta têm alcançado sucesso em atrair de forma efetiva cada vez mais o público.
Por dentro da Farofa da Gkay
Criada em 2017, a Farofa da Gkay é uma festa anual que reúne amigos e convidados de Gessica para comemorar seu aniversário. A edição deste ano contou com 200 pessoas, incluindo os maiores influenciadores do país. O endereço da festa foi um resort em Fortaleza, Ceará, com hospedagem, comida, bebida e atrações por conta da anfitriã. Gkay revelou que os custos com a festança chegaram a quase 3 milhões de reais. Um valor incrivelmente baixo quando comparado ao retorno que Gkay conquistou com o evento. Apesar de já ter tido 3 edições anteriores, foi somente este ano que a Farofa ganhou um boom de audiência.
A festa, que é a cara do Brasil, durou 3 dias e rendeu muita fofoca, pegação, polêmica e até barraco. Tudo isso transmitido por lives e postagens pelos famosos em tempo real. Os comentários, stories e posts dos mais de 200 convidados agitaram as redes sociais e renderam uma exposição bastante favorável à aniversariante: audiência de 66 milhões de pessoas, em uma conta realizada por Galileu Nogueira, fundador da Consultoria de Branding Influxo & CO. Segundo os cálculos de Galileu, o número representa uma exposição quatro vezes superior ao pico de audiência do Jornal Nacional, principal telejornal do país. Além disso, Gkay ganhou espaço na Tv e em sites de fofoca e já recebeu convite para lançar um documentário da Farofa.
O números da Farofa da Gkay
Se você consome suas redes sociais ou assistiu à Tv nos últimos dias, com certeza a notícia da Farofa da Gkay chegou a você em algum momento. Mas você não foi o único, milhões de pessoas acompanharam o bombástico evento simultaneamente. Com tantas pessoas olhando para o tema ao mesmo tempo, foi natural que a curiosidade sobre a vida da influenciadora aumentasse consideravelmente o número de seguidores, passando de 15,2 milhões para 17 milhões, somente na primeira semana do evento.
Só no Twitter foram 786 mil menções feitas por 396 mil usuários com potencial para impactar 256 milhões de contas. Ainda de acordo com os dados levantados por Galileu, a digital influencer chegou a um custo de R$ 0,04 por pessoa/seguidor impactado. Em uma estratégia como essa, o custo por seguidor de Gkay com publicidade seria de R$ 4,11, quando comparamos. Olhando para este ponto de vista, valeu cada centavo investido por Gkay na festa.
Reality Party
Mas, afinal, qual seria o segredo para tanto sucesso dentro e fora da internet? A estratégia usada por Gkay foi simples: reunir o maior número de influenciadores da atualidade, juntamente com outros famosos, com nichos e audiência diferenciados, num mesmo espaço por 3 dias. Com os celulares liberados, as postagens diárias em tempo real de cada convidado trouxeram engajamento e audiência para a Farofa. Cenas da vida íntima dos famosos foram divulgadas à toda internet, o que gerou proximidade do público e um senso de pertencimento ao evento.
A Farofa trouxe a vida real dos famosos em momentos de diversão, descontração e espontaneidade, tudo transmitido em tempo real. Com isso, vemos a inauguração de um novo conceito de festa: reality party. Onde o público acompanha todos os detalhes e fofocas dos famosos na sua própria timeline.
O “eu” como negócio
Se antes a definição de celebridade estava mais ligada ao arquétipo de herói, construído na Idade Antiga, admirada por seus bons feitos e pouco tangível para o público, vemos agora um outro tipo de figura pública. A Doutoranda em Comunicação na UFC, Simone Faustino, explica esse fenômeno como uma mercantilização da imagem. “São pessoas que constroem a si não mais como somente formadoras de opinião, mas enquanto marcas, extrapolando os limites das relações que ocorrem no meio digital. A gente vive o chamado capitalismo de plataforma, que favorece um modelo de negócio onde as pessoas monetizam a si mesmas, seus cotidianos e seus gostos para gerar menções, engajamento e negociar publicidade. Alguns autores chegam até a falar que os tempos atuais transformaram o ‘eu’ em uma commodity”, contextualiza.
Está mais do que provado que a forma de consumo mudou e as marcas precisam estar atentas a cada movimento dessa grande roda. Por trás de cada influencer existe uma equipe de marketing pensando e avaliando cada estratégia, métricas e ações a serem implementadas. Nada dentro do marketing digital é espontâneo, tudo é minimamente pensado para alcançar o objetivo.
Seja visionário
Assim como Gkay, procure estratégias inteligentes para o seu negócio. Eleve sua marca com boas ideias e tenha o engajamento e admiração do seu público! Se precisa de ajuda para transformar sua empresa em uma marca sólida, conte conosco!